QS Informa Voltar EXPORT OF APIs – PROBLEMS!
Última atualização: 04 de março de 2020 8:54 pm
EXPORT OF APIs – PROBLEMS!
Governo indiano restringiu a exportação de 26 APIs (Active Pharmaceutical Ingredients) e os medicamentos feitos a partir deles devido ao surto de coronavírus.
O governo indiano, após emissão de comunicado, pediu calma e disse que há estoque suficiente para formulações por dois a três meses. A lista de 26 APIs e medicamentos responde por 10% de todas as exportações farmacêuticas indianas e inclui vários antibióticos (tinidazol, metronidazol, cloranfenicol, sais de eritromicina, neomicina, sais de clindamicina e ornidazol), hormônios (progesterona) e vitamina B12. Ainda não ficou claro como a restrição afetaria a disponibilidade desses medicamentos nos países que importam da Índia e também dependem da China. Nos Estados Unidos, por exemplo, as importações indianas representaram 24% dos medicamentos e 31% dos APIs em 2018, de acordo com a US-FDA.
A agência norte-americana anunciou, na semana passada, a primeira escassez de medicamentos relacionados ao coronavírus no país, todavia se recusou a nomear o medicamento em questão.
Em um outro comunicado, o governo federal indiano disse que as autoridades estão monitorando firmemente a produção e a disponibilidade dos APIs e formulações para evitar o “black marketing”. Algumas das grandes farmacêuticas dos EUA disseram estar monitorando suas cadeias de suprimentos e a Mylan NV alertou na semana passada que poderia haver escassez de drogas. Já a Eli Lilly and Co. disse que não espera que o surto de coronavírus resulte em escassez de qualquer uma de suas terapias, incluindo insulina.
A Índia é o maior fornecedor mundial de medicamentos genéricos e importa 70% de seus APIs da China. O país ainda exportou cerca de US$ 19 bilhões em medicamentos no ano passado e representou cerca de um quinto das exportações mundiais de genéricos em volume, de acordo com a India Brand Equity Foundation.
“É improvável que as exportações da Índia dos medicamentos especificados sejam completamente interrompidas”, disse Sudarshan Jain, secretário geral da Aliança Farmacêutica Indiana, que representa a maioria das grandes empresas farmacêuticas do país. “Não é uma proibição de exportação”, continuou. “É uma restrição. O que queremos fazer é monitorar o movimento das drogas”.