QS Informa Voltar TOP 10 – Principais medicamentos por aumento estimado de vendas em 2020
Última atualização: 06 de maio de 2020 5:48 pm
TOP 10 – Principais medicamentos por aumento estimado de vendas em 2020
Conceituado portal divulga ranking das 10 drogas com maior rentabilidade em vendas neste ano.
A indústria farmacêutica está sempre em fluxo, mas os grandes nomes sempre aparecem perto do topo do ranking anual de vendas. Este ano não é diferente, com as potências Merck & Co., Gilead Sciences, Bristol Myers Squibb, Pfizer e Novo Nordisk ocupando as 5 primeiras posições. Impulsionadas por bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento, algumas das drogas mais lucrativas do mundo geram um crescimento de 10 dígitos a cada ano, através de uma mistura de novas indicações, maior acesso ao mercado e o bom “boca a boca” do médico.
À frente da lista, como muitos aqueles que monitoraram o campo de imuno-oncologia já esperavam, é o Keytruda, da Merck & Co. Com uma erupção de indicações recentemente aprovadas e domínio contínuo na arena do câncer de pulmão, Keytruda está prevista para um grande ano em 2020, de acordo com o portal EvaluatePharma, podendo adicionar US$ 3,29 bilhões em vendas mundiais ao seu faturamento de US$ 11,1 bilhões em 2019, elevando assim seu total para US$ 14,39 bilhões. Além do câncer de pulmão, o medicamento é utilizado no combate a melanoma, câncer de células escamosas de cabeça e pescoço, linfoma de Hodgkin, linfoma de grandes células B, carcinoma urotelial, câncer de alta instabilidade microssatélites, câncer gástrico, câncer de esôfago, câncer cervical, carcinoma hepatocelular, carcinoma de células de Merkel, carcinoma de células renais e carcinoma endometrial. Keytruda teve sete novas aprovações do FDA em 2019 e outra em janeiro de 2020.
Em segundo na lista está o medicamento usado contra a AIDS (coquetel de 3 drogas) Biktarvy, da Gilead Sciences. Em 2019 a droga vendeu R$ 4,74 bilhões no mundo inteiro e as vendas podem aumentar em US$ 1,6 bilhão em 2020, de acordo com o EvaluatePharma. Para atingir seus US$ 6 bilhões em estimativa de vendas, a Gilead tinha um plano simples para seu “blockbuster” Biktarvy – uma combinação de três drogas do novo inibidor da integrase bictegravir com o medicamento Descovy (emtricitabina e tenofovir alafenamida): “encontrar e atacar” novos pacientes e mudar os pacientes dos medicamentos mais antigos da Gilead. No ramo do HIV, o maior rival da Gilead é a GSK e sua droga ViiV.
Em terceiro na lista aparece a droga Revlimid, da Bristol Myers Squibb (adquirida em novembro de 2019 na compra da Celgene). A droga, originalmente aprovada pelo FDA em 2005 para tratar a anemia dependente de transfusão, manteve-se relevante nos últimos anos com uma série de novas aprovações, incluindo uma série de indicações combinadas que devem continuar impulsionando as vendas este ano. É usada também para tratamento de mieloma múltiplo e linfoma de células do manto, e conseguiu uma grande guinada pois conseguiu uma aprovação combinada do FDA (juntamente com a droga Rituxan da Roche) para tratar linfoma de zona folicular ou marginal. É estimado que consiga até US$ 11,99 bilhões em vendas, de acordo com o EvalutePharma.
O quarto da lista é o Eliquis, da Pfizer e da Bristol Myers Squibb. É usado para tratar coágulos no sangue e espera-se que venda até US$ 8,79 bilhões em 2020. A droga teve um salto em vendes de 22% em 2019 – cerca de US$ 1,38 bilhão a mais que em 2018.
Em quinto lugar está o Ozempic, da Novo Nordisk. Usada para controle glicêmico em adultos com diabetes tipo 2, teve vendas na casa dos US$1 bilhão em 2019 e esse ano espera-se que venda mais US$ 1,64 bilhões, chegando a um total de US$ 2,64 bilhões ao final do ano. Em janeiro deste ano, o FDA concedeu ao Ozempic uma expansão do rótulo com base nos resultados do estudo de resultados cardiovasculares “Sustain 6”, que mostrou que os pacientes tratados com a droga apresentaram uma redução de risco relativo de 26% em relação ao placebo na prevenção de eventos cardiovasculares, incluindo morte, ataques cardíacos não fatais e acidentes não fatais.
Para fechar o “Top 10” temos os seguintes medicamentos:
- Dupixent, da Sanofi e da Regeneron, usado para dermatite atópica, asma e rinossinusite crônica;
- Tagrisso, da AstraZeneca, usado no combate ao câncer de pulmão de células não pequenas;
- Imbruvica, da AbbVie e da Johnson & Johnson, usado para tratamento de linfoma de células do manto, leucemia linfocítica crônica, macroglobulinemia de Waldenstrom e linfoma da zona marginal;
- Ocrevus, da Roche, usado no combate a esclerose múltipla progressiva recidivante ou primária;
- Stelara, da Johnson & Johnson, usado no tratamento de psoríase em placas, artrite psoriática, doença de Crohn e colite ulcerosa.
Fonte: FiercePharma