QS Informa Voltar O USO DE ANTIBIÓTICOS EM ANIMAIS ESTÁ DIMINUINDO

Última atualização: 23 de novembro de 2021 1:05 pm

O USO DE ANTIBIÓTICOS EM ANIMAIS ESTÁ DIMINUINDO

O consumo de antibióticos e o desenvolvimento de resistência antimicrobiana foram pautas importantes discutidas por três agências reguladoras.

            “O uso de antibióticos diminuiu e agora é menor em animais produtores de alimentos do que em humanos”, afirma o mais recente relatório publicado pela European Food Safety Authority (EFSA), pela European Medicines Agency (EMA) e pelo European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC). O relatório das três agências da UE apresenta dados sobre o consumo de antibióticos e o desenvolvimento de resistência antimicrobiana (AMR) na Europa para 2016-2018.

            A queda significativa no uso de antibióticos nesses animais sugere que as medidas tomadas em nível nacional para reduzir o uso estão se mostrando eficazes. O uso de uma classe de antibióticos chamada polimixinas, que inclui a colistina, caiu quase pela metade entre 2016 e 2018 em animais produtores de alimentos. Este é um desenvolvimento positivo, pois as polimixinas também são usadas em hospitais para tratar pacientes infectados com bactérias multirresistentes. Dessa maneira, pode-se dizer que situação na UE é diversa – a situação varia significativamente de acordo o país e a classe de antibióticos. Por exemplo, aminopenicilinas, cefalosporinas de 3ª e 4ª geração e quinolonas (fluoroquinolonas e outras quinolonas) são mais usadas em humanos do que em animais, enquanto que as polimixinas (colistina) e tetraciclinas são mais usadas em animais do que em humanos. O relatório mostra ainda que o uso de carbapenêmicos, cefalosporinas de 3ª e 4ª geração e quinolonas em humanos está associado à resistência a esses antibióticos em infecções por Escherichia coli em humanos. Associações semelhantes foram encontradas para animais produtores de alimentos.

            Em concomitância, o relatório também identifica ligações entre o consumo de antimicrobianos em animais e a resistência antimicrobiana (RA) em bactérias de animais, que por sua vez está associado com a RA em bactérias de humanos. Um exemplo disso são as bactérias Campylobacter spp., que são encontradas em animais produtores de alimentos e causam infecções de origem alimentar em humanos. Os especialistas encontraram uma associação entre a resistência dessas bactérias em animais e a resistência da mesma bactéria em humanos.            

            Sendo assim, afirma-se que o desenvolvimento de resistência antimicrobiana é um problema de saúde pública global significativo que representa um sério fardo econômico. As abordagens implementadas através da cooperação das EFSA, EMA e ECDC e os resultados apresentados por essas Agências apelam à continuação dos esforços para combater o problema em todos os setores da saúde.

Fonte: EMA

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