QS Informa Voltar Sanofi Pasteur e GSK – união contra o COVID-19

Última atualização: 14 de abril de 2020 9:06 pm

Sanofi Pasteur e GSK – união contra o COVID-19

A Sanofi e a GlaxoSmithKline, dois dos maiores players de vacinas do mundo, se tornam parceiros na luta contra o COVID-19.

Em matéria divulgada hoje, uma parceria sem precedentes fez com que as duas potências farmacêuticas unissem forças para trabalhar em uma potencial vacina contra o COVID-19. As empresas pretendem iniciar testes em humanos no segundo semestre deste ano e, se tudo correr bem, apresentar possíveis aprovações até o segundo semestre de 2021.
Eles também estão planejando aumentar a capacidade de fabricação “em risco” – basicamente, investindo dinheiro e recursos para aumentar a produção antes mesmo de uma vacina se provar eficaz, afirmou Emma Walmsley, CEO da GSK, em uma teleconferência na manhã desta terça-feira.
Por causa da “escala combinada” da GSK e da Sanofi Pasteur, os parceiros poderiam fornecer centenas de milhões de doses anualmente, a partir do próximo ano, disse Walmsley. Esse peso é uma das grandes vantagens da parceria, acrescentou ela.
As empresas já assinaram uma carta de intenções e compartilharão a tecnologia uma da outra para a possível tentativa. Sanofi atua com foco em um antígeno COVID-19 da proteína S com base na tecnologia de DNA recombinante, enquanto a GSK está contribuindo com sua “tecnologia adjuvante pandêmica comprovada”, de acordo com um comunicado.
Os adjuvantes permitem que as vacinas protejam os receptores com menos proteína por dose, o que significa que os fabricantes podem fazer mais doses para proteger mais pessoas. Esse é um fator crítico durante uma pandemia em evolução, em que uma vacina bem-sucedida precisaria ser implantada rápida e amplamente.

Antes do anúncio da colaboração de hoje, a Sanofi Pasteur já estava com duas parcerias de vacinas contra o COVID-19 – uma com o governo federal francês e outra com a Translate Bio (empresa norte-americana, líder em terapêutica de mRNA que desenvolve uma nova classe de medicamentos potencialmente transformadores para tratar doenças causadas por disfunção de proteínas ou genes), com foco em vacinas de mRNA. Já a GSK estava permitindo que sua tecnologia adjuvante fosse utilizada por vários pesquisadores.
As duas plataformas tecnológicas que as empresas estão oferecendo são “comprovadas” e os parceiros trabalharão em estreita colaboração com os órgãos reguladores durante todo o processo de desenvolvimento, disse Roger Connor, chefe da divisão de vacinas da GSK. Os parceiros poderão consolidar as fases do estudo, mas primeiro terão que testar a segurança e determinar a dose.


Além desta parceria, a Pfizer e a Johnson & Johnson também estão avançando com seu próprio projeto “agressivo” de pesquisa e desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19. A Pfizer aliou-se à BioNTech (empresa alemã fundada em 2008, que combina pesquisa inovadora com tecnologias de ponta para desenvolver terapias pioneiras para o câncer), e a J&J anunciou na semana passada uma parceria de US$ 1 bilhão com a BARDA (U.S. Biomedical Advanced Research and Development Authority).“Enquanto o mundo enfrenta essa crise mundial de saúde sem precedentes, fica claro que nenhuma empresa pode fazer isso sozinha. É por isso que a Sanofi continua a complementar sua experiência e recursos com nossos colegas, como a GSK, com o objetivo de criar e fornecer quantidades suficientes de vacinas que ajudarão a interromper esse vírus”, afirmou o CEO da Sanofi, Paul Hudson. Vale frisar que inúmeras empresas de biotecnologia de menor porte e equipes acadêmicas também estão envolvidos na pesquisa e desenvolvimento de vacinas contra o COVID-19.

Fontes: GSK , Sanofi,FiercePharma

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